sexta-feira, agosto 05, 2005


Passei aqui só pra agradecer ao Léo Lombardi, cidadão cruzeirense, dublê da foca Chimu, exímio designer do mundo alocado na roça, cujo seu único defeito é ser dessa cidade que, pior do que ela, só ela mesma em dia de chuva, por conseguir retratar tão sabiamente a PIN-UP do mês de fevereiro. Pedi a ele que fosse do mês de abril, já que 2005, essa que vos fala completou 3 primaveras, sendo congratulada com a titulação de "A Garota do Calendário"*!

O regalo veio embrulhado com um cartão que trazia no assunto: "em qualquer mês... arrasa!" e uma mensagem graciosa: "oi linda, segue um gracejo. (tosco, corrido, mas sincero!) pra não perder a piada nunca mais!". Acho que o quero em casamento!

Léo, bendito foi aquele dia em que você, depois de muitas caipirinhas daquele "muquifo para baile-show" em sua própria cidade-natal, ajoelhou-se aos meus pés. Você naquele momento febril, provou ser nobre, assumindo o lugar que todo homem deveria estar: aos pés de uma Danada! O destino é bom com as pessoas de bem. Obrigada.

* fotos em http://www.trendesign.com.br/oficina

terça-feira, agosto 02, 2005

Banho DANADO Para ler (imitando a Revista MTV) ouvindo "You Can't Always Get What You Want" dos Stones

Quem já leu meu blog antes, deve ter comprovado que uso uns 17 cremes na fase antes, durante e depois do banho. Olham para mim, eu sei, e vêem, por trás desses cabelos desgrenhados, desse jeitão despachado e dessa boca suja, um desleixo corporal, onde a vaidade passa longe! LEDO engano, meus fiéis (2) leitores.

Bem, até os 25, confesso que meus valores eram outros. Sabia que gostava de peixinhos, nadar na cachoeira, tomar cerveja com os amigos.; ouvir Stones, sair a noite pra dançar e falar mal da vida alheia (porque ninguém é de ferro). Ah, tem uma coisa que sempre gostei de fazer, que melhora qualquer coisa: viajar.

Hoje em dia, vivendo igual gente grande, falta grana para as passas, para o Dockside Samello (essa eu tirei lá do fundão)... mas nunca para viajar. Faltando brigadeiro, eu me viro no arroz com feijão, mas faltando viagem, me viro com mau-humor, com chateação e com mágoa (Ah, Kitty... agora tu foi JANETE CLAIR)!

Isso me faz lembrar uma dessas viagens de família, onde só a minha mãe "pilotava" e meu pai ficava do lado descascando fruta e passando os pedacinhos pra trás. A trilha sonora era sempre "O REI" (álbum Roberto Carlos e as Baleias), Clara Nunes (Morena D'angola que leva o chocalho amarrado na canela... será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é que mexe com ela), Armandinho, Dodô e Osmar (Varre, varre, varre vassourinha...), Gal Costa (Vaca Profana), Maria Bethânia (Rosa dos Ventos).

Certa vez, minha mãe acreditando numa palhaçada feita pelo meu tio que visitamos em Maceió, comprou uma carne de sol e a expôs ao sol, atrás de uma piada que ela havia sido seca assim e deveria permanecer seca assim. Até que, depois de ficar verde, minha mãe brigar muito das nossas reclamações do mau-cheiro e juntar varejeiras, decidiu tampar no mato para proveito dos urubus, que há essa hora, já rodeavam o Brasilão verde.

Voltando ao assunto, hoje, aos 30 anos e conhecendo novas pessoas e experimentando(-as) a cada dia, digo que não sou nem nunca mais serei a mesma depois de ter conhecido o Victoria's Secret de Baunilha. É, além das viagens, agora tenho os cremes. Tá certo que nunca saí do Brasil, mas seja lá qual for a viagem, o cremão cheirosão vai estar lá curtindo comigo.

Aí, depois de um mês sem blogada, digo que não é possível escrever coisas divertidas do próprio fracasso, com o "teto caindo sobre a nossa cabeça". É legal rir do machucado depois que ele estiver cicatrizando, pois, enquanto ele está ardendo, a gente só consegue prestar atenção nele.

Agora é sério: (outro momento JANETE CLAIR) a gente precisa viajar para ver os problemas pequenininhos à distância. Parece que de perto eles são enormes! Quando a gente volta de viagem, eles continuam ali, mas como o cabeção está mais criativo para lhe dar com eles na fase pós-incubação...

Semana passada revivi uma situação, de forma metafórica, é claro, de uma coisa acontecida na minha adolescência. Lá estava eu desenhando, aos 15 anos na minha mesa de estudos, quando, do nada, despencou a prateleira inteira com a minha coleção de latinhas de cerveja em cima de mim. Toda doída, escutei uma bronca por estar desenhando em véspera de prova, por colocar tanto peso em cima da prateleira, por ter amassado as latinhas que custavam tão caro, por ter espedaçado o aparelho de dentes que tomava 1,5 salário-mínimo de manutenção mensal... ah, e por fazer barulho na hora da novela, é claro.

Senti muitas dores no peito, na semana passada, com toda aquela sensação do teto de novo, todinho em cima de mim. Mas ainda bem que eu tinha 80 reais. Fechei tudo, desliguei o celular, e fui lá encontrar a Cristiane, a Marinalva, a Iracema e a Valdirene (é assim mesmo o nome... ela é legal, tá!?). Na hora, uma fazendo a mão, outra fazendo o pé, e, depois de uma mão de café e outra de Rebu nas mãos, com duas de Renda nos pés, fui lá dar jeito na meia-perna, no contorno, nas axilas e buço. E, pra finalizar, o cabelão já, enxaguado dos caracóis vermelhos, foi lá receber uma sessão de secagem pra ficar "ao vento".

Saindo dali, liguei o celular pra acertar as coisas e, no dia seguinte desliguei novamente, pra ir lá ver os problemas de longe para solucioná-los SÓ NA VOLTA! Agora estão aqui ainda, mas só na terça-feira, já foram-se 10, dos 12.

Essa é a receita do banho DANADO. Conheçam o super-up, a pin-up de fevereiro e a pick-up. Sou uma pessoa muito melhor!