sábado, outubro 01, 2005

Desenho prometido


O desenho foi tão falado, mas não foi mostrado. Agora estou na casa da Andrea, depois de uma NOITADA muito fera, de onde a obra de arte não tinha saído ainda!

Aliás, não tinha falado disso ainda, mas dia 14 será a grande inauguração (aberta ao público, é claro) do NEGRO GATO: a grande casa de comes, bebes e muita música brasileira, localizada na Lapa. Essa casa pertence aos meus amigos Iones e Fabrício. Gente, a coisa tá linda! Ontem fizemos uma festinha particular lá...

Só posso dizer que JÁ É uma opção. Uma não. A GRANDE opção!

Sorte aos meninos e que Jorge os projeta!

Bem, como eu tinha falado há algumas blogadas atrás, o Chico Caruso (Chiquinho) me desenhou. Acabei de escanear. está aí pra posteridade. BABEM!!!

Meu carrão!


A maior alegria que tive na vida foi quando eu aprendi a dirigir. Sei lá, mas pra mim, carro dá asas a essa liberdade tão sagaz!

É tão bom pegar o carro sem rumo e chegar em lugares diferentes, conhecer pessoas diferentes... quando se tem um carrão, as coisas ficam mais fáceis. Os acessos ficam mais possíveis.

Eu tive uma Fiorino (baú) que era o máximo! Tinha um adesivo da Margarida beijando o Pato Donald atrás, um colchãozinho para ham... ham... carregar a galera confortavelmente etc. Mas o mais legal é que o bichinho enguiçava que era uma beleza! A vantagem dos carros utilitários é poder carregar "geral" pra empurrar depois.

Também tive uma Elba. Essa aí, se falasse, contaria muita história boa. Me levou para lugares muito bons com amigos e, muitas vezes, sozinha mesmo.

Depois de tanto tempo andando à pé, resolvi comprar esse carrão aí. Como dizem, cachorro adquire a personalidade do dono. Como eu não gosto de cachorro, resolvi deixar o possante assim... com mais customização.

Aí... tá a minha cara?

terça-feira, setembro 27, 2005

Casamento necessário

Casamento necessário

Sei que estou me tornando repetitiva. Mas como venho hoje, após várias reflexões sobre o meu mundo nem tão moderno, revelar coisas sobre meu lado obscuro da vida e falar sobre um assunto que a tantos abomina, pois traz consigo palavras de ordem horripilante como: pressão, ciúme, sogra, satisfação etc etc e tal.

Já comentei antes que meu livro de cabeceira é o Best Seller Pollyana, que contém a série da menina pequena e dela já na sua juventude. Vou propor uma nova edição: Pollyana Balzaka e, logo depois, Pollyana na Terceira idade. Por Deus, não podemos somente sermos hipócritas, mas temos que ter amor no coração (de verdade), e com isso, ver o lado bom das coisas. Separação é ótimo: deixa a pele mais bonita, os cabelos mais vermelhos, as roupas com manequins menores... afinal de contas, "a fila anda".

Há pessoas que dizem que as mulheres casam fácil. Para mim, casamento é uma coisa tranqüila de se fazer, até porque misturo doce com salgado na mesma refeição com a maior satisfação. Se num mesmo prato sou capaz de casar lombo com abacaxi, que dirá, aturar altos e baixos da(s) pessoa(s) que estiver(em) do meu lado.

Bem, para esclarecer essa coisa de casamento necessário, é muito e mais do que necessário desmembrar a coisa que chamamos de posse.

Como uma boa ariana, possessão sempre foi o meu maior forte. Eu sempre valorizei muito as minhas indicações, as minhas armações, as uniões entre meus amigos. Há quem dizia que eu só incentivava um relacionamento que fosse com gente que andava comigo. Mas pra isso, a justificativa é que eu só indico coisas que eu já provei ou já constatei de alguma forma. Já pensou uma indicação de um serviço que no final das contas eu seria culpada por não ter sido executado direito?

Pois é, conheço e indico lugares; provo e indico pratos; aprovo e desaprovo pessoas. Nessa minha vivência intensa com tudo, posso dizer que às vezes usamos palavras bonitas para justificarmos coisas feias. Ciúme das coisas é muito feio. Porém, altamente justificável por se tratar de sentimento humano da maior identificação e personificação.

Mas somos seres necessitados de casar. Quando saímos de um casamento, juramos não querermos outro tão cedo. Até que um dia, você se depara beijando uma outra boca passível de uma união das escovas de dentes, da divisão das gavetas e uma necessidade enorme de dar satisfação e cargo da sua vida. Até as pessoas mais carentes de liberdade se vêem possuindo e sendo possuídas tudo de novo. Os ciclos continuam, e, daqui há pouco nos vemos escutando as mesmas palavras já escutadas antes, com direito ao antes, ao durante e ao depois tudo igualzinho.

Só que não é desse casamento que vem com direito a chatisse que venho falar hoje. Concordando com um grande amigo, "o problema da humanidade é a monogamia". Os bons casamentos são aqueles aos quais podemos compartilhar.

Só que, para ser mais gostoso, mais duradouro, tenho que assumir a possessão. Há o casamento que é só meu e é o único que deu certo até hoje. Passa ano, passa década e ele continua comigo, fiel. É o casamento com meu rockin roll.

Já percebi que ele me conforta todas as vezes que saio de um casamento. O casamento validade x lata de ervilha já me rendeu muita dor. Mas aí, estava o rockin roll lá para me acolher. Só que ele consegue dar esse colo, porque ele é só meu; não o divido com ninguém.

Adoro conhecer novos lugares, fazer coisas diferentes e casar. Mas pode saber, você sempre terá que se dividir com o meu titular marido, aliás, com meus tantos e promíscuos casamentos: Stones, Clash, Depeche, Cure, Rush, Ramones, Floyd.... mas não compartilhará com nenhum deles. Então, venha com seu tipo de música, ou terá que ouvir coisas que irão embora junto com você, quando acabar esse casamento tão necessário que durará tão pouco tempo.

Já que casamento é um mal necessário, que tenha além de champagne, bons jantares e outras cositas más, bastante música. Já cedi a coisas que nem imaginava em termos sonoros. Mas não dá pra associar rotina com uma coisa que é só minha, possessivamente. Pode ter certeza, se você disser "ou ele ou eu", vou sentir sua falta.