Morar em Niterói é ter qualidade de vida! Sou eleitora do Jorge Roberto e não vai ser a toa. Afinal de contas, a gente tem o MAC, a gente tem a barca e a Praia de Icaraí! A gente só não tem uma porcaria de um bureau descente de impressão nesse raio dessa cidade! Acabei de ir à 6 gráficas rápidas para imprimir um singelo cartaz tamanho A3. As respostas foram de: "hoje só estamos fazendo preto-e-branco" - até: "Ih, moça, não deu!"...
Bom, já que falamos em MAC, depois de desabafar e já ter feito a minha longa caminhada pelo centro da cidade inteiro, segundo a minha irmã, que não fuma maconha (graças a Deus, pois, se fumasse, imagina o tamanho de besteira que sairia daquela cabeça), mas com toda certeza, recebeu altas doses de caldinho de cocô na mamadeira, o MAC é uma grande nave espacial, que, na véspera de acabar o mundo, vai decolar pra lua, transportando somente aqueles que ganham mais de R$1.000,00. Isso ela disse ao passar em frente ao Museu discutindo comigo, só pra me irritar, pois, na época, eu ganhava R$250,00. Ta vendo, Lela, hoje é diferente... agora eu ganho R$400,00! Se tudo que estão dizendo sobre o Iraque ter condições de fazer bomba atômica e arma biológica, brevemente estaremos nos separando. Você já é lunática mesmo, va se dar bem. Eu vou tentar me adaptar a ficar andando de carreta pra cima e pra baixo com o Mel Gibso, a la Mad Max.
terça-feira, setembro 24, 2002
Esqueci, mil perdões de parabenizar uma amiga minha pelo aniversário. Não quero transformar meu blog em agendinha eletrônica, mas como dei há umas blogadas atrás uma leve explicada sobre a homossexualidade de uma amiga e isso fez o maior sucesso com a própria, venho aqui hoje, mesmo que atrasada, parabenizar aquela que odeia a porra: minha amiga Barbi!! Barbi, muitas felicidades, juízo e sucesso pra você! Tomara que inventem uma alternativa pra você mudar de idéia... Porra não é veneno, mas fede e solta as tiras todinhas!
Síndrome de Polyana Moça
Quem não se lembra daquela menina enjoada, que apanhava feito boi-ladrão, que a madrasta odiava a pobre, que os amigos a passavam a perna, que sofria pra burro e tava lá, com a cara cheia de esparadrapo, faltando uns três dentes na boca, com o olho roxo, usando uma tipóia e ainda falando: "ainda bem que o dia é belo, que existe o canto dos pássaros, que existe o Flamengo... minha vida é só alegria!" - Tem que ser um pouco Polyana na vida de hoje...
Aliás, o que os brasileiros têm, é só pra agradecer:
"Obrigado senhor, que o meu Palmeiras é lanterninha no campeonato, que o dólar fechou em alta mais uma vez, que desde sábado só chove, que eu gripei mais uma vez, que a gente tem Ciro ou Serra pro segundo turno com o Lula, que a Rosinha vai ser a nossa governadora, que a gente tem a barca Rio-Niterói saindo do curso por causa do nevoeiro..."
Essas observações sobre síndrome de Polyana Moça, vieram através de um amigo, após eu fazer a pergunta de porquê haverem tantas Polyanas na cidade de Campina Grande. Ele me respondeu que o povo de Campina Grande era muito feliz, por tomar água salobra, por ser bem rico, por ter fartura o ano todo, por ter bastante emprego... Quem me dera ter um mês de festa junina direto, Manu, é o que eu respondi!
Nessa vida agente tem que ser meio Polyana... Mas tem que descer bem o nível, pra achar alguma coisa boa. Tipo, ainda bem que trenho um teto... Ser assim, bem social... Desculpem, meus amigos, mas hoje eu to no maior mal-humor!
Hoje eu to feliz!! O dólar fechou em alta de novo
Quem não se lembra daquela menina enjoada, que apanhava feito boi-ladrão, que a madrasta odiava a pobre, que os amigos a passavam a perna, que sofria pra burro e tava lá, com a cara cheia de esparadrapo, faltando uns três dentes na boca, com o olho roxo, usando uma tipóia e ainda falando: "ainda bem que o dia é belo, que existe o canto dos pássaros, que existe o Flamengo... minha vida é só alegria!" - Tem que ser um pouco Polyana na vida de hoje...
Aliás, o que os brasileiros têm, é só pra agradecer:
"Obrigado senhor, que o meu Palmeiras é lanterninha no campeonato, que o dólar fechou em alta mais uma vez, que desde sábado só chove, que eu gripei mais uma vez, que a gente tem Ciro ou Serra pro segundo turno com o Lula, que a Rosinha vai ser a nossa governadora, que a gente tem a barca Rio-Niterói saindo do curso por causa do nevoeiro..."
Essas observações sobre síndrome de Polyana Moça, vieram através de um amigo, após eu fazer a pergunta de porquê haverem tantas Polyanas na cidade de Campina Grande. Ele me respondeu que o povo de Campina Grande era muito feliz, por tomar água salobra, por ser bem rico, por ter fartura o ano todo, por ter bastante emprego... Quem me dera ter um mês de festa junina direto, Manu, é o que eu respondi!
Nessa vida agente tem que ser meio Polyana... Mas tem que descer bem o nível, pra achar alguma coisa boa. Tipo, ainda bem que trenho um teto... Ser assim, bem social... Desculpem, meus amigos, mas hoje eu to no maior mal-humor!
Hoje eu to feliz!! O dólar fechou em alta de novo
segunda-feira, setembro 23, 2002
Prá ser chato, tem que ter talento
Acabei de chegar da minha terra-natal, no interior do Rio de Janeiro, depois de enfrentar quase 3 horas de ônibus apertado debaixo de chuva. Já mal-humorada em ter acordado as 6 da matina para enfrentar o bendito cata-corno, chego na rodoviária, vou até o guichê e peço para a "simpática" vendedora de bilhetes poltrona 1, ou 2, ou 3, ou 4 (gosto de viajar pilotando junto ao motorista). A lindíssima, com toda educação do mundo, responde através daquele auto-falantezinho de merda: "só tem a 18".. - A dezoito é aquela apertada, que nem janela é!
Chegando perto do ônibus, avisto uma figura (já posicionada em seu local) de barba grande, com a "fuça" para o lado de fora fumando e com cara de bêbado imundo (mendigo). Aí pensei: "pqp, esse desgraçado vai encher o saco e não me deixar dormir!"... Preconceito, é claro, pois eu é quem deveria estar com cara de rôla-bêba! Bom, a "marinete já encontrava-se, dentro de suas condições, lotada. Sendo que todo mundo que viaja pra esses lados, sabe que o lado esquerdo é de quem viaja partindo da minha cidade, e o lado direito, da cidade vizinha, onde o ônibus ainda ia parar. Não preciso nem dizer que o cara-de-bêbado estava do lado direito. As primeira 8 poltronas do lado esquerdo estavam vazias e, enquanto o ônibus não fazia a sua parada habitual na cidade vizinha, posicionei-me na primeira cadeira, afim de evitar a número 18.
Chegando na parada, senti o número de pessoas esperando a "princesinha do Agreste" chegar e resolvi recolher-me à minha insignificância e sentar na apertada poltrona de número 18. O ônibus não foi enchendo, foi inchando. Fazendo de desentendida, sentei na 17 (pô, 17 é janela). Relaxei, coloquei a minha bolsa grande no bagageiro de cima e a bolsinha de mão embaixo da bunda, fechei o casaco até o nariz (tá frio pacas) e ensaiei o dormidão. Já quase pegando no sono, sinto um dedo no meu ombro me cutucando. Abri um dos olhos e ali estava a figura do meu lado dizendo: "a minha é a dezessete, mas pode ficar aí!" - Balancei a cabeça em um sinal de positivo e peguei no sono. Já quase dormindo, sinto de novo o mesmo dedo no ombro. Com o sorrisão amarelo, abri dessa vez o outro olho já ouvindo da "pessoa": "Posso fechar a... a janela... quero dizer, a cortina? Claridade..." - Sem o meu consentimento, já foi logo fechando o fétido pano marrom. Só um adendo ao relato, ODEIO A CORTINA FECHADA!
Com uma rápida e irritada fechada de olhos, começa a desputa pelo braço divisor das poltronas. O indivíduo se meche na cadeira, empurra o meu braço e, eu já acordada, resolvi comprar a briga e empurrei o braço dele também. Isso tudo acontecendo e eu fingindo que estava dormindo, quando já se aproximava a segunda parada: em Piraí. Comecei a pensar: "Pô, e agora pra pedir pra esse puto pra eu descer pra comer pastel?" - Se aproximando a cidade, pelo menos essa boa vontade o cara com bafão de mata-rato teve: "zuniu" antes que eu precisasse pedir.
Desci do ônibus e, junto comigo, avistei um pastelzinho acabando de sair. Comi um de carne e um de queijo e percebi a figura ter dado um sumisso. Depois de comeire e bebeire tudo o que tinha direito, subi no cata-jeca já rezando para haver uma outra poltrona disponível, bem longe do "cara-de-maluco-bêbado". Quando, em câmera-lenta, já escutando a trilha sonora: "como uma deusa, você me mantém...", avisto as duas (2 - II) penúltimas poltronas vazias e me esperando. Sem olhar para trás, fui linda ocupar logo as duas. Recostei-me na 33, coloquei os pés na 34, sentei em cima da bolsa e APAGUEI! Quando sinto novamente um dedo cutucando o meu ombro. Irritada, abri os dois olhos, levantando somente uma das sombrancelhas e escuto, após perceber o ônibus todo vazio: "Moça, a gente chegou!"
Acabei de chegar da minha terra-natal, no interior do Rio de Janeiro, depois de enfrentar quase 3 horas de ônibus apertado debaixo de chuva. Já mal-humorada em ter acordado as 6 da matina para enfrentar o bendito cata-corno, chego na rodoviária, vou até o guichê e peço para a "simpática" vendedora de bilhetes poltrona 1, ou 2, ou 3, ou 4 (gosto de viajar pilotando junto ao motorista). A lindíssima, com toda educação do mundo, responde através daquele auto-falantezinho de merda: "só tem a 18".. - A dezoito é aquela apertada, que nem janela é!
Chegando perto do ônibus, avisto uma figura (já posicionada em seu local) de barba grande, com a "fuça" para o lado de fora fumando e com cara de bêbado imundo (mendigo). Aí pensei: "pqp, esse desgraçado vai encher o saco e não me deixar dormir!"... Preconceito, é claro, pois eu é quem deveria estar com cara de rôla-bêba! Bom, a "marinete já encontrava-se, dentro de suas condições, lotada. Sendo que todo mundo que viaja pra esses lados, sabe que o lado esquerdo é de quem viaja partindo da minha cidade, e o lado direito, da cidade vizinha, onde o ônibus ainda ia parar. Não preciso nem dizer que o cara-de-bêbado estava do lado direito. As primeira 8 poltronas do lado esquerdo estavam vazias e, enquanto o ônibus não fazia a sua parada habitual na cidade vizinha, posicionei-me na primeira cadeira, afim de evitar a número 18.
Chegando na parada, senti o número de pessoas esperando a "princesinha do Agreste" chegar e resolvi recolher-me à minha insignificância e sentar na apertada poltrona de número 18. O ônibus não foi enchendo, foi inchando. Fazendo de desentendida, sentei na 17 (pô, 17 é janela). Relaxei, coloquei a minha bolsa grande no bagageiro de cima e a bolsinha de mão embaixo da bunda, fechei o casaco até o nariz (tá frio pacas) e ensaiei o dormidão. Já quase pegando no sono, sinto um dedo no meu ombro me cutucando. Abri um dos olhos e ali estava a figura do meu lado dizendo: "a minha é a dezessete, mas pode ficar aí!" - Balancei a cabeça em um sinal de positivo e peguei no sono. Já quase dormindo, sinto de novo o mesmo dedo no ombro. Com o sorrisão amarelo, abri dessa vez o outro olho já ouvindo da "pessoa": "Posso fechar a... a janela... quero dizer, a cortina? Claridade..." - Sem o meu consentimento, já foi logo fechando o fétido pano marrom. Só um adendo ao relato, ODEIO A CORTINA FECHADA!
Com uma rápida e irritada fechada de olhos, começa a desputa pelo braço divisor das poltronas. O indivíduo se meche na cadeira, empurra o meu braço e, eu já acordada, resolvi comprar a briga e empurrei o braço dele também. Isso tudo acontecendo e eu fingindo que estava dormindo, quando já se aproximava a segunda parada: em Piraí. Comecei a pensar: "Pô, e agora pra pedir pra esse puto pra eu descer pra comer pastel?" - Se aproximando a cidade, pelo menos essa boa vontade o cara com bafão de mata-rato teve: "zuniu" antes que eu precisasse pedir.
Desci do ônibus e, junto comigo, avistei um pastelzinho acabando de sair. Comi um de carne e um de queijo e percebi a figura ter dado um sumisso. Depois de comeire e bebeire tudo o que tinha direito, subi no cata-jeca já rezando para haver uma outra poltrona disponível, bem longe do "cara-de-maluco-bêbado". Quando, em câmera-lenta, já escutando a trilha sonora: "como uma deusa, você me mantém...", avisto as duas (2 - II) penúltimas poltronas vazias e me esperando. Sem olhar para trás, fui linda ocupar logo as duas. Recostei-me na 33, coloquei os pés na 34, sentei em cima da bolsa e APAGUEI! Quando sinto novamente um dedo cutucando o meu ombro. Irritada, abri os dois olhos, levantando somente uma das sombrancelhas e escuto, após perceber o ônibus todo vazio: "Moça, a gente chegou!"
Assinar:
Postagens (Atom)